Siamesas
Médicos da Índia e Estados Unidos (EUA) consideraram hoje possível realizar uma operação para separar duas siamesas indianas que estão unidas pela cabeça. As irmãs Farah e Saba, de dez anos, compartilham uma artéria que leva o sangue a seus corações e a segunda não tem rins, por isso seria preciso um transplante. O príncipe de Abu Dhabi Mohammed bin Zayed Al-Nahyan decidiu financiar a cirurgia para separar as siamesas após ver uma foto delas em um jornal indiano há várias semanas. Desde então, médicos do Hospital Apollo, em Nova Délhi, colaboraram com Benjamin Carson, chefe de neurocirurgia pediátrica do centro médico de John Hopkin''s em Baltimore (EUA), para estudar a possibilidade de realizar essa perigosa operação, cujas possibilidades de êxito são de menos de 25%. As siamesas, que procedem do estado de Bihar, no nordeste da Índia, chegaram há três semanas ao Apollo e, após uma série de testes realizados na segunda-feira, os médicos afirmaram hoje que a cirurgia pode ser uma opção viável. Em entrevista coletiva realizada esta manhã, Carson e o neurocirurgião indiano Mukul Verma afirmaram que comunicaram às meninas e a seus pais os grandes riscos dessa operação, que deve ser feita em três fases. Carson, que comparou a cirurgia a um transplante cardíaco, afirmou que "queremos utilizar todas as tecnologias existentes no mundo para garantir o êxito da operação". Este médico é especialista neste tipo de operações e, em 1997, fez parte da equipe que separou com êxito duas siameses da Zâmbia, que estão vivas. Verma disse que as meninas têm consciência do que implica uma cirurgia deste tipo e que esperarão a decisão a ser tomada por elas e seus pais.
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