domingo, 13 de junho de 2010

Casamentos arranjados

Desde a independência da Índia, em 1947, o número de pessoas que lutam pela extinção dessa prática tem aumentado, mas ainda é muito comum, em especial em vilas. Sem nenhuma relação com o desejo do futuro casal, o casamento arranjado procura atender os interesses das famílias envolvidas. Em muitos uma mulher pode ser obrigada a casar quando ainda criança, pois a sua saída de casa representa menos gastos para a sua família. Fatores econômicos e sociais são preponderantes na escolha do noivo ou noiva.

No outro lado da história, o casamento arranjado é uma prática que dá a família uma segurança de que sua filha terá alguém para apoiá-la. Ele representa uma estabilidade social e econômica.

Um fato curioso é que os casamentos arranjados têm mais chances de sucesso na Índia do que os por escolha dos cônjuges. O motivo é que neles as famílias dão suporte aos noivos que, em muitos casos, acabam por se apaixonar. Nesse sentido, o casamento se torna mais importante para marido e esposa que a união deles seja duradoura.

Comumente antes do acordo ser fechado, futuro noivo e noiva se encontram e podem optar por não querer aquela pessoa.

Um último ponto importante para entender o casamento arranjado é que na Índia homens e mulheres que não se conhecem não têm liberdade para conversar em lugares públicos. Em grandes cidades, entre grupos sociais com mais influências do Ocidente, o cenário é diferente, mas mesmo assim é muito mais difícil conhecer alguém fora do seu circular familiar e social.


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